UFTM: sua profissão aqui - Engenharia Mecânica
Oferecendo anualmente 52 vagas e com duração de 10 semestres letivos, o curso de Engenharia Mecânica, vinculado ao Instituto de Ciências Tecnológicas e Exatas - ICTE, vem desde 2010 entregando ao mercado de trabalho profissionais engajados e com ampla abrangência de conhecimentos necessários ao exercício da profissão. A ênfase do curso, que conta com corpo docente qualificado e diversificado, desenvolvendo atividades de ensino, pesquisa e extensão, é a formação generalista de um engenheiro mecânico nas suas diferentes áreas de atuação.
Docente na UFTM desde 2014, o professor Paulo Balduino Flabes Neto tem trabalhado no curso de Engenharia Mecânica com os componentes curriculares de Cálculo Numérico, Manutenção Mecânica, Projeto Integrador e Otimização de Sistemas Mecânicos. Com mestrado concluído em 2012 e doutorado em 2019 no Programa de Pós-Graduação em Engenharia Mecânica da Universidade Federal de Uberlândia - UFU, onde também se graduou em 2010 em Engenharia Mecânica, lembra-se de vários momentos importantes de sua formação, sobretudo do período de estágio, o qual lhe foi significativo: “estagiei em uma empresa fabricante de compressores de geladeira na cidade de São Carlos. Foi uma experiência sem precedentes, quando pude lidar com uma carga de responsabilidade que me fez amadurecer muito, tanto pessoal como profissionalmente”, destacou.
Foto: Professor Paulo Balduino Flabes Neto, Engenharia Mecânica (UFTM)
O professor Paulo afirma que o curso de Engenharia Mecânica tem vasta área de atuação profissional, que possibilita atuar em indústria metalmecânica, indústrias de bens de consumo, indústria de processamento químico, petrolífera e de produção de energia, empresas de consultoria, processamento, análise e apresentação de dados para organizações ou, ainda, empreender o próprio negócio entre outras áreas. Para ele, com a recuperação da economia pós-pandemia, o mercado de trabalho para os cursos de engenharia se mostra aquecido e com perspectivas otimistas, dando oportunidade, principalmente, para engenheiros recém-formados. “Esse foi um efeito do grande número demissões de engenheiros experientes durante a covid-19, objetivando reduzir custos naquele momento. Agora, as empresas estão reestruturando suas equipes de engenharia”, explicou.
Foto: Professor Paulo (Laboratório/ICTE/UFTM)
Quanto às qualidades e ao perfil almejado para egressos do curso de Engenharia Mecânica, professor Paulo afirmou que devem ser pessoas que busquem ser profissionais com raciocínio inventivo-sistemático capazes de propor soluções para as indústrias de transformação, adaptando-se aos contextos globais e locais com atitudes proativas e cooperativas. “Deve-se desenvolver como característica a capacidade de gerir equipes multidisciplinares de forma empática e com inteligência emocional, comunicando-se eficazmente nas modalidades oral, escrita e computacional”, frisou.
Com previsão de colação de grau neste semestre, o discente Lorenzo Stabeli Diehl, natural da cidade de Jundiaí SP, mas com ensino médio concluído na cidade de Uberaba MG, já faz planos para se projetar no mercado de trabalho como engenheiro mecânico. Em 2018, ingressou no curso da UFTM, inicialmente por afinidade com a área de exatas e, posteriormente, pesquisando sobre cursos de engenharia, “foi através de várias pesquisas na internet que descobri que o universo da Engenharia Mecânica era muito amplo e que, inclusive, muitas das disciplinas específicas do curso também faziam parte da grade curricular de outras graduações similares (como Engenharia Aeronáutica e Engenharia Naval). Para mim, ainda um estudante de ensino médio que não tinha certeza de qual engenharia escolher, a opção por Engenharia Mecânica parecia ser, portanto, a mais sensata”, destacou.
Lorenzo, durante o curso, participou de várias atividades complementares, foi bolsista de monitoria acadêmica da disciplina de Laboratório de Fundamentos de Fenômenos de Transporte e bolsista do PIBIC/UFTM, de iniciação científica, no projeto “Predição do ruído aerodinâmico de uma configuração barra-aerofólio sob oscilações rotativas forçadas”. Nesse projeto, afirmou ter utilizado simulações computacionais para investigar técnicas de redução do ruído sonoro gerado por escoamentos de ar turbulentos no interior de motores aeronáuticos (o que compromete principalmente o conforto acústico de comunidades próximas a aeroportos).
Quanto ao estágio, está atualmente realizando em startup do mercado financeiro, de São Paulo SP, cujo propósito, conforme Lorenzo, é introduzir tecnologias de ponta em processos que, tradicionalmente, sempre foram realizados exclusivamente por grandes bancos, mas de maneira obsoleta e inconsistente com as tendências tecnológicas observadas hoje em dia, “durante o meu estágio, já ajudei na criação de uma Inteligência Artificial capaz de auxiliar fundos de investimento em suas tomadas de decisão, assim como no desenvolvimento de modelos para previsão de variações nos valores de ativos financeiros”, afirmou, declarando que ficou sabendo pelo campo de estágio por meio da plataforma LinkedIn.
Sobre a realização de estágio, Lorenzo ainda complementou que, apesar de seu estágio ser no ramo das finanças, nele encontrou oportunidade para aplicar as técnicas matemáticas e computacionais que aprendeu, por exemplo, em disciplinas e projetos para análise de vibrações de equipamentos mecânicos, “para mim, essa experiência só evidenciou a capacidade e a versatilidade do profissional de Engenharia Mecânica em utilizar os conhecimentos específicos do curso para resolver problemas dos mais variados tipos, independentemente da indústria ou ramo profissional”, destacou.
Foto: Discente Lorenzo Stabeli Diehl do curso de Engenharia Mecânica,
no Laboratório de Vibrações, Acústica e Controle, ICTE/UFTM, Uberaba MG.
Lorenzo afirmou que após a graduação pretende ingressar em um mestrado acadêmico na área de vibrações e acústica, área que atuou durante a iniciação científica e em seu Trabalho de Conclusão de Curso, dando continuidade aos estudos e também com possível consultoria a empresas nacionais e no exterior. Para aqueles que estejam pensando em cursar Engenharia Mecânica, Lorenzo declara que não se pode contentar em apenas se dedicar às matérias e tirar notas boas, pois uma experiência completa no curso de Engenharia Mecânica requer uma participação em atividades além da grade curricular tradicional, “o curso possui projetos de extensão para os apaixonados por automobilismo; para os aficionados por aviação; e até mesmo para aqueles que gostam de empreendedorismo. Sem falar das oportunidades de pesquisa em projetos de iniciação científica. São nesses projetos que você poderá aplicar na prática os conhecimentos vistos em sala de aula, consolidar o seu aprendizado e melhorar ainda mais o seu currículo”, finalizou.
Fotos: créditos/participantes
Este texto constitui parte do projeto de ensino “UFTM: sua profissão aqui”, desenvolvido pela Divisão de Apoio ao Ensino - DAEN/DGE/PROENS, contando com parceria do Cefores e da Comunicação Social/UFTM. Mais informações podem ser consultadas pelo e-mail O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.
Outras matérias
- UFTM: sua profissão aqui - Engenharia Civil
- UFTM: sua profissão aqui - Licenciatura em Química
- UFTM: sua profissão aqui - Análises Clínicas
- UFTM: sua profissão aqui - História
- UFTM: sua profissão aqui - Biomedicina
- UFTM: sua profissão aqui - Agronomia
Redes Sociais