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HC-UFTM

Café Rosa promove acolhimento e orientações sobre câncer de mama no HC-UFTM

Publicado: Sexta, 31 de Outubro de 2025, 12h15

Mais de 50 mamografias já foram realizadas e novas consultas em mastologia foram agendadas para seguimento das mulheres atendidas 

O Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (HC-UFTM), vinculado à Rede Ebserh, promoveu o Café Rosa, em 29/10, como parte da programação do Outubro Rosa, em uma manhã dedicada à escuta, orientação e cuidado com a saúde da mulher. A iniciativa reuniu colaboradoras do hospital e pacientes em tratamento, aliando informação, acolhimento emocional e acesso ao diagnóstico precoce do câncer de mama. 

Segundo Rosekeila Simões Nomelini, médica mastologista e uma das idealizadoras da ação, cerca de 80 pessoas participaram do encontro. Durante a atividade, foram ofertadas mamografias e realizados encaminhamentos para seguimento especializado. “Já foram realizadas 50 mamografias na sexta e no sábado, e por enquanto foram agendadas 63 mamografias para as colaboradoras do HC-UFTM”, afirmou. A agenda segue aberta ao longo da semana para que colaboradoras do hospital possam fazer o exame preventivo. 

Após a realização dos exames, o hospital organiza o acompanhamento de cada caso. Rosekeila explicou que todas as mulheres serão chamadas para retorno no ambulatório de Mastologia, onde passarão por avaliação clínica e receberão orientação individualizada sobre o resultado dos exames de imagem. Para a médica, esse fluxo garante agilidade, segurança e proximidade entre a paciente e a equipe assistencial.

Além da parte assistencial, o Café Rosa teve palestras com integrantes da equipe de Mastologia e um momento de depoimentos espontâneos de mulheres em acompanhamento oncológico no HC-UFTM. De acordo com Rosekeila, essa dimensão humana marcou a manhã. “O que mais me surpreendeu foi a forma carinhosa e positiva com que as pacientes presentes que deram seus depoimentos falaram sobre o nosso serviço e a nossa equipe. Isso nos impulsiona a continuar nosso trabalho”, disse. Ela destacou ainda que, como hospital universitário, o HC-UFTM forma profissionais que aprendem a olhar para além do tumor. “Essa devolutiva das pacientes nos faz entender que estamos conseguindo formar e devolver para a sociedade os frutos de uma equipe de profissionais que não se limita à assistência clínica das pacientes, mas também a uma visão integralizada e voltada para as suas necessidades psicossociais”, completou.

Entre os relatos que emocionaram a equipe esteve o de Bruna Bueno, paciente que enfrentou o câncer de mama duas vezes, incluindo um diagnóstico durante a gestação. Ela contou que recebeu acompanhamento rápido e próximo logo após o parto, em um momento que descreveu como delicado física e emocionalmente. “Eu tenho uma gratidão muito grande, até difícil falar sem chorar a emoção que eu tenho”, disse. Bruna relatou que, ao longo do tratamento e do puerpério, sentiu que o cuidado não se restringiu aos protocolos clínicos, mas incluiu apoio psicológico e disponibilidade da equipe para lidar também com as inseguranças e angústias daquele período. “Eu fui tratada com muito amor e muito acolhimento desde o início aqui. Eu amo esse hospital, toda a equipe, todos os médicos e enfermeiros”, afirmou. Segundo ela, esse compromisso aparece também na formação dos alunos. “Vocês ensinam todos os alunos a tratar. Eles passavam o amor que vocês ensinam a eles”, disse.

Roberta Afonso Vinhal Wagner também compartilhou sua experiência, lembrando que recebeu o diagnóstico e iniciou o tratamento no HC-UFTM, passando por quimioterapia, cirurgia e acompanhamento multiprofissional. Para ela, o impacto não foi apenas físico. “É muito importante o diagnóstico precoce”, afirmou. Roberta contou que a confirmação da doença transformou sua forma de enxergar a própria rotina. “O câncer mudou a forma de eu ver a minha vida hoje: o azul é mais azul, o verde é mais verde, o rosa é mais rosa”, disse. Ela destacou que recebeu orientação sobre atividade física, alimentação e apoio emocional durante todo o processo de cuidado. Segundo Roberta, passar pelo tratamento com esse suporte fez com que ela conseguisse enfrentar as etapas sem se deixar paralisar pelo medo. “Eu nunca chorei, a não ser de gratidão”, afirmou. Ao falar sobre o hospital, ela resumiu em um agradecimento coletivo aos profissionais envolvidos na assistência oncológica, citando acolhimento, escuta e segurança transmitida em cada etapa.

Já Adriana Patrícia Gonçalves relatou que procurou atendimento após notar um nódulo palpável na mama e, a partir desse primeiro alerta, conseguiu chegar rapidamente ao serviço de Mastologia do HC-UFTM, onde foi avaliada, realizou exames e iniciou o tratamento cirúrgico e oncológico. Ela lembrou que, desde a primeira consulta, sentiu-se amparada e orientada de forma clara sobre cada passo do cuidado, passando por cirurgia, quimioterapia e radioterapia, além de acompanhamento contínuo no hospital. Adriana agradeceu pelo acolhimento recebido durante todo o processo e ressaltou a importância de procurar ajuda assim que perceber qualquer alteração. Para ela, receber atenção rápida e humanizada fez diferença tanto no resultado clínico quanto na tranquilidade emocional para atravessar o tratamento. “O diagnóstico cedo fica mais fácil, o tratamento fica mais fácil. A gente tem que confiar nos médicos, porque eles sabem o melhor pra gente”, disse.

Para Rosekeila, ouvir essas histórias dentro do próprio hospital, diante de colaboradoras e alunas, mostra a dimensão do Café Rosa para além da mobilização do Outubro Rosa. Segundo a mastologista, os relatos das pacientes apontam para a importância do diagnóstico precoce e evidenciam porque a assistência precisa ser integral, envolvendo dimensões física, emocional e social. “Isso nos impulsiona a continuar nosso trabalho”, afirmou.

Ao final do Café Rosa, além dos relatos e orientações em saúde, foram encaminhados novos retornos ambulatoriais e mantida a oferta de mamografia preventiva para as colaboradoras do HC-UFTM. A proposta é que o cuidado iniciado no encontro continue nos próximos meses, com seguimento no ambulatório de Mastologia e a continuidade de práticas que valorizem a escuta e a presença da equipe assistencial ao lado das pacientes.

Sobre a Ebserh
O HC-UFTM faz parte da Rede Ebserh desde janeiro de 2013. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 45 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo em que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.

 
 

Fonte: Unidade de Comunicação Regional 19 - HC-UFTM/ HU-UFSCar  / Coordenadoria de Comunicação Social 

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